As organizações têm um papel importante para a promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho. Um dos pilares da saúde mental de um trabalhador está situada na categoria do reconhecimento.
Sentir o trabalho reconhecido pode inclusive, transformar o sofrimento em algo mais agradável, ou seja, a partir do momento em que a qualidade de seu trabalho é reconhecida, o trabalhador constata que suas dúvidas, decepções e desânimo têm sentido, o que faz dele um sujeito diferente daquele que era antes do reconhecimento.
Cabe enfatizar que o reconhecimento pode ser de dois tipos segundo a Teoria Psicodinâmica do Trabalho, criada por Dejours, na França:
- um é baseado no julgamento de utilidade, advindo dos superiores e eventualmente, dos clientes,
- e o reconhecimento de estética, cuja origem provém dos colegas.
Outra questão que evita adoecimento e estresse é a autonomia. É importante que as empresas possibilitem que os trabalhadores possam pensar sobre a execução de suas atividades, criar, propor, negociar, enfim, que sua inteligência prática possa ser posta à mesa de trabalho.
Caso contrário, tem-se um trabalho sem sentido, e um trabalhador que passa a ser um mero replicador de procedimentos já determinados.
Isto, sem dúvida, cria barreiras às vivências de prazer e satisfação.
Também não se deve esquecer que as empresas deveriam possibilitar ambientes de trabalho verdadeiramente mais colaborativos.
Na falta de espaços para a convivência e a troca que fornecem a base da confiança e da cooperação, o risco do individualismo competitivo no trabalho pode multiplicar-se entre os diferentes grupos da empresa ou entre os indivíduos, conduzindo a uma fragmentação da equipe, o que não é saudável a curto e médio prazo.
Fonte:
https://www.imed.edu.br
