Dia Nacional da Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial – 26 de abril

Em 2013, foi implementado um plano global de ação, “Global action plan for the prevention and control of NCDs”, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este busca reduzir a incidência da hipertensão por meio da implementação de políticas públicas para a população em geral.

 

 

O objetivo é diminuir os fatores de risco comportamentais e então atingir a meta do plano de ação que busca a redução de 25% na prevalência global da pressão arterial.

Para tanto, o plano prevê que pelo menos 50% das pessoas elegíveis devem receber terapia medicamentosa e aconselhamento para prevenir outros possíveis eventos cardiovasculares.

Mesmo assim, as projeções da OMS para o ano de 2030 são de 9,2 milhões de mortes por doença cardíaca isquêmica e 8,5 milhões por acidente vascular encefálico ou cerebral.

A hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível, podendo ser classificada como primária ou secundária.

Tem como característica ser silenciosa e é considerada um fator de risco para eventos cardiovasculares, como:

  • Acidente Vascular Encefálico ou Cerebral (AVE),
  • Infarto Agudo do Miocárdio (IAM),
  • Doença Obstrutiva Periférica.

Metade dos pacientes hipertensos desconhecem ser, e entre aqueles diagnosticados, somente um quarto desses possuem seus níveis pressóricos adequadamente controlados.

Na grande maioria dos casos, a hipertensão arterial é de origem multifatorial, estando associada aos fatores de risco modificáveis e não modificáveis, os quais interferem no curso da doença.

  • Alimentação inadequada,
  • sedentarismo,
  • uso de tabaco,
  • consumo excessivo de álcool,
  • estresse,
  • glicemia elevada,
  • colesterol e/ou triglicérides elevados,
  • sobrepeso e obesidade

são fatores de risco modificáveis.

São reconhecidos como fatores não modificáveis para hipertensão arterial:

  • sexo,
  • idade,
  • etnia e
  • história familiar.

Há uma associação direta entre envelhecimento e prevalência da doença.

A avaliação inicial do paciente inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeita e identificação de causa secundária, além da avaliação do risco cardiovascular.

Faz-se necessário acompanhamento continuo do paciente por médicos e demais profissionais da saúde.

A aferição da pressão arterial deverá ser realizada conforme orientações das diretrizes vigentes.

Valores ≥ 140 mmHg para pressão arterial sistólica (alta) 

90 mmHg para pressão arterial diastólica(baixa)

caracterizam pressão alta em maiores de 18 anos. 

140/90 mmHg ou 14/9 mmHg

Em crianças e adolescentes, serão considerados valores ≥ 120/80 mmHg ou PA igual ou superior ao percentil 95 para idade, sexo e percentil de estatura.

A abordagem terapêutica inclui medidas não medicamentosas e medicamentosas, como o uso de fármacos anti-hipertensivos, a fim de reduzir a pressão arterial, proteger órgãos-alvo e prevenir complicações cardiovasculares e renais.

O tratamento não farmacológico consiste na:

  • cessação do tabagismo,
  • evitar o uso excessivo de álcool,
  • alimentação saudável,
  • atividade física regular e
  • evitar o estresse.

Quanto a alimentação saudável, é recomendando, evitar o consumo de produtos:

  • ultraprocessados;
  • observar o rótulo dos alimentos;
  • evitar aqueles com alto teor de sódio;
  • procurar comer mais alimentos in natura;
  • usar e abusar das ervas aromáticas e especiarias na cozinha e evitar temperos prontos.

A prática de atividade física regular é recomendado pela OMS para prevenção de doenças, entre elas a hipertensão arterial, sendo no mínimo 150 minutos por semana para adultos e 300 minutos por semana para crianças e adolescentes.

Para melhor adesão do comportamento ativo, busque atividades físicas que goste de fazer, como por exemplo:

  • dançar,
  • caminhar,
  • correr,
  • pular,
  • arrumar a casa e/ou brincar com seu animal de estimação.

Se já possui o diagnóstico de hipertensão, a prática da atividade física é importante no seu manejo, porém busque orientação de um profissional para prescrição.

Para os hipertensos, o tratamento não medicamentoso deve ser sempre indicado.

E, se necessário for, a prescrição médica de anti-hipertensivos será instituída para controle adequado dos níveis pressóricos.

Medidas preventivas devem ser estimuladas, a aferição periódica da PA propicia o diagnóstico precoce da doença, o controle da pressão arterial e dos fatores de risco associados, por meio da modificação do estilo de vida e/ou uso regular da terapia medicamentosa que fazem parte do tratamento preconizado pelas Diretrizes de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Pacientes hipertensos fazem parte do grupo de risco para COVID-19.

Todas as medidas de prevenção e controle da pressão arterial devem ser enfatizadas a este grupo, para que se evite complicações e pior prognóstico, que estão associados à maior chance de internação por descompensação clínica.

 

Fonte:

Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial

Mundiblue.

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