Publicada originalmente em 1983, a Teoria das Inteligências Múltiplas, desenvolvida pelo neuropsicólogo Howard Gardner, contribuiu significativamente para uma concepção mais dimensional da Inteligência. Gardner questionou até que ponto o sistema educacional realmente atende às necessidades, capacidades individuais e estilos de inteligência.

O estudo também contesta as medidas estreitas dos testes padronizados que são tradicionalmente aplicados como os testes de QI, por exemplo, que atribuem um valor numérico para o desempenho cognitivo de uma pessoa.
Para Gardner, essa métrica não é suficiente para descrever a grande variedade das habilidades humanas.
Uma criança que possui uma grande habilidade lógica e matemática não é necessariamente, mais inteligente do que outra que possui aptidões espaciais mais afloradas.
Cada um de nós tem suas próprias potencialidades cognitivas e motoras e essas características são pessoais, intransferíveis e estruturam nossa identidade.
Cada pessoa possui facilidade para uma (ou mais de uma) área específica.
Por exemplo: um exímio violinista pode ter sido um aluno de química sofrível ou um médico renomado pode ter reprovado em geografia durante sua formação escolar.
A verdade é que as escolas, universidades e empresas testam as habilidades das pessoas em busca de uma segurança numérica sobre quem é mais ou menos capacitado.
Porém, a simplicidade dos números podem tornar certas percepções superficiais sobre algo muito mais complexo.
A teoria de Gardner, endossada posteriormente pela abordagem de Daniel Goleman – referência mundial da Inteligência Emocional, aborda conceitos sobre aprendizagem socioemocional e argumenta sobre a existência de diversos aspectos da inteligência, capacidades ou talentos a serem desenvolvidos.
Inteligência Linguística
A habilidade para usar a linguagem se expressar de maneira coerente e atraente. As pessoas que possuem essa desenvoltura são ótimos oradores e comunicadores, e costumam possuir uma capacidade maior para aprender outros idiomas.
Inteligência Lógico matemática
Capacidade para calcular, quantificar e realizar operações matemáticas complexas. Quem possui esse tipo de habilidade consegue manipular números e raciocinar de maneira lógica e dedutiva.
Inteligência Espacial
A Inteligência espacial é a habilidade para pensar em três dimensões e assim conseguir manipular imagens, com destreza gráfica e artística.
Inteligência Corporal
A Inteligência corporal é caracterizada pelas habilidades físicas. Seja em dançarinos e atletas ou em artesões e médicos, por exemplo. Essas pessoas possuem o domínio do próprio corpo e conseguem alcançar movimentos precisos.
Inteligência Musical
A maioria das pessoas gosta de música. Porém, esse grupo tem habilidade para compor e executar obras musicais. Esse tipo de inteligência está ligada à sensibilidade em relação a notas e timbres e a criação de padrões musicais.
Inteligência Existencial
São pessoas que possuem um olhar profundo e uma capacidade de análise sobre a existência. É encontrada em filósofos, sociólogos e líderes espirituais.
Inteligência Naturalista
Sensibilidade e conhecimento no trato com a natureza e a capacidade para compreender e organizar os objetos, fenômenos e padrões da natureza. Característica central em profissões como botânicos, biólogos, geólogos, veterinários e agrônomos.
Inteligência Interpessoal
A Inteligência Interpessoal é a habilidade de compreender e interagir com os demais de maneira eficaz. Possuir sensibilidade aos humores e temperamentos alheios e saber compreender as emoções e motivações dos outros.
Inteligência Intrapessoal
Trata-se da capacidade de compreensão sobre si mesmo, entender as próprias emoções e as reações que elas geram. Desenvolver esse tipo de inteligência é importante para profissionais de qualquer área e funciona como uma grande aliada no desenvolvimento pessoal e profissional de todo ser humano. Afinal, as emoções movem as pessoas, e as pessoas geram resultados.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional.
www.sbie.com.br