Pesquisa do Google Cloud aponta que 74% dos brasileiros trabalham em parceria com assistentes virtuais, mas ainda dominam o básico da ferramenta; investimento das empresas é principal barreira

Quase metade dos profissionais no Brasil já aprendeu, por conta própria e pela internet, a usar ferramentas de inteligência artificial e a maioria já convive com elas no dia a dia.
Pesquisa “Work: In Progress: descobertas de como a IA está transformando o Trabalho”, divulgada com exclusividade pelo Google Cloud, mostra que 74% dos brasileiros trabalham em parceria com assistentes de IA.
O “jeitinho brasileiro” prevalece na hora de aprender a tecnologia para o trabalho.
De acordo com o estudo, 47% dos brasileiros buscam conhecimento sobre a ferramenta na internet.
Na América Latina, o índice é de 43%.
A proatividade dos brasileiros está alinhada com o objetivo dos profissionais de dominar o uso dos assistentes de IA nos próximos dois a cinco anos.
O aprendizado é uma prioridade para 32% dos brasileiros, ao passo que a média na América Latina é de 30%.

O investimento das companhias na qualificação da equipe, no entanto, caminha a passos lentos.
O executivo afirma que menos de 50% das empresas oferecem treinamento em IA para os funcionários.
Isso acontece, segundo ele, porque o ambiente de negócios do Brasil ainda está em uma “fase de pós-acesso”, em que a adoção ainda é básica.
“O letramento digital se tornou necessário tanto para grandes empresas que querem automatizar processos, ganhar velocidade e chegar ao mercado mais rápido, quanto para pequenos negócios que precisam criar tudo dentro de casa”, diz Zafani.
Velocidade na entrega
De acordo com o estudo do Google, realizado entre abril e junho deste ano com 3.569 profissionais, os brasileiros utilizam assistentes de IA para análise de dados (57%), busca por informações (55%), revisão e tradução de textos ou e-mails (55%) e criação de textos ou e-mails com uma linguagem clara (53%).
Para mais da metade dos profissionais (54%), a velocidade na entrega dos resultados é o principal benefício da ferramenta.
Não existe modelo pronto para formar talentos em IA, afirma Guilherme Pereira, diretor de inovação, programas e experiências da Alura + FIAP para empresas.
Mas ir além da internet pode ser um atalho na carreira para quem quer trabalhar com a ferramenta diante das crescentes preocupações com governança, segurança e ética.
“Algumas dicas são procurar instituições de ensino que têm programas práticos, trabalhar em projetos complexos e participar de programas de capacitação in company”, indica o professor.
Rigor em compliance
Em 2015, a empresa lançou a plataforma Omnia, que utiliza agentes de IA para auxiliar os profissionais da área financeira e contábil na acurácia das informações.
“A gente nunca utiliza IA aberta. Como todos os dados dos nossos clientes são confidenciais, a gente trata tudo dentro do Omnia. Só usamos ferramentas que a Deloitte desenvolveu, homologou e habilitou”, afirma Jefferson Denti, líder do AI Institute da Deloitte Brasil.
O executivo explica que a própria capacitação interna da empresa tem como objetivo preparar jovens profissionais para lidar com o rigor em compliance, mas que a liderança valoriza talentos que aprimoram o conhecimento em tecnologia por meio de cursos e leitura.
“Em auditoria, a gente normalmente contrata jovens que não têm experiência. Oferecemos uma grade mínima de conhecimento, mas cada um pode buscar conteúdo fora.”
Fonte:
Work: In Progress: descobertas de como a IA está transformando o Trabalho. Divulgada com exclusividade pelo Google Cloud.
Época Negócios – Futuro do Trabalho.
Mundiblue.