Estudo do Plano de Menina com a The Body Shop mostra que 40% das trabalhadoras acreditam já terem perdido oportunidades profissionais por causa disso

“Eu tive uma chefe que falava que eu estava sempre com cara de sono ou doente, que eu precisava passar pelo menos um rímel ou batom para ficar no caixa”, disse uma mulher paulistana que fez parte do estudo sobre padrões estéticos e trabalho, realizado pela organização Plano de Menina, em parceria com a The Body Shop.
As principais pressões estéticas sofridas neste contexto estavam relacionadas:
- peso (68%),
- não estar maquiada (58%),
- cabelo (32%),
- estilo de se vestir (40%).
Colegas de trabalho e comparação com outras colegas foram as origens de tais constrangimentos.
“Um chefe já me falou do meu cabelo, que eu deveria prender ou alisar, pois tenho cabelo crespo”, relatou outra entrevistada pela pesquisa. “Dói muito ter que mexer no meu cabelo para aceitação dos outros; hoje eu uso tranças para disfarçar o meu crespo”.
Como resultado de tais pressões:
- 56% já tiveram queda na produtividade,
- 45% já fizeram mudanças estéticas em si mesmas,
- 81% afirmaram que não se sentiram confortáveis de usar canais de apoio e de suporte de suas empresas nessas situações.
“É uma transformação urgente para que o mercado acolha cada vez mais meninas e mulheres sem ferir quem são, adoecê-las e impactar o desempenho profissional, uma vez que muitas já enfrentam diversos outros desafios só para chegar nesses espaços”, diz Viviane Duarte, presidente do Instituto Plano de Menina e CEO do Plano Feminino, sobre a pesquisa.
Fonte:
Viviane Duarte, presidente do Instituto Plano de Menina e CEO do Plano Feminino, sobre a pesquisa.
Época – Futuro do trabalho.