Um minuto de silêncio em memória das vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
- Prevenção é a palavra chave para evitar acidentes de trabalho.
- Obedecer as normas de segurança é evitar problemas futuros.
O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.
A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador.
Assim, o dia 28 passou a ter uma importância especial na agenda global, trazendo discussões, debates e ações de autoridades públicas e integrantes da iniciativa privada.
Estudo conduzido pelo Banco Inter-Americano de Desenvolvimento para a América Latina aponta que 20 a 27 milhões de acidentes de trabalho ocorrem anualmente na região, sendo 90 mil fatais.
Hoje em dia, um pouco mais, infelizmente – 2021-2022
A pesquisa constata que 250 pessoas morrem por dia e que acontecem 40 a 50 acidentes por minuto em ambientes de trabalho.
Série SmartLab de Trabalho Decente 2023: mortalidade no trabalho cresce em 2022 e acidentes notificados ao SUS batem recorde.
*Em 2022, com 612,9 mil acidentes e 2.538 óbitos registrados para pessoas com carteira assinada, a mortalidade no mercado de trabalho formal voltou a apresentar a maior taxa dos últimos dez anos: 7 notificações a cada 100 mil vínculos empregatícios, em média.
Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho
Iniciativa SmartLab de Trabalho Decente .
Já as estatísticas divulgadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) posicionam o Brasil no 4º lugar do ranking de acidentes fatais e 15º no de acidentes gerais. Segundo José Pastore, sociólogo da Universidade de São Paulo (USP), o país gasta nada menos que R$ 71 bilhões com o tema. Com a chegada da pandemia, um pouco mais.
( Até o momento o Brasil continua em 4º lugar do ranking de acidentes fatais e 15º no de acidentes gerais. Não foram encontradas novas estatísticas – Mundiblue. )
A maior causa desses transtornos é a falta de prevenção à saúde, de acordo com estudo do Ministério Público do Trabalho (MPT).
A situação está pior com as novas normas impostas pela reforma trabalhista, na análise dos procuradores responsáveis pelo em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“As mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho aumentou o número de acidentes. Em primeiro lugar, por conta da terceirização irrestrita. É entre os terceirizados que acontece o maior número de tragédias. E também pelas novas orientações para o trabalho insalubre sem um estudo profundo do perigo. O custo fica com a sociedade”, assinalou Leonardo Osório, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho.
Ele destacou que os dados sobre notificações de acidentes e mortes podem estar subavaliados.
Muitas doenças (ou mortes) não são interpretadas como decorrentes do estresse ou da atuação no ambiente laboral. Hoje esta realidade já está sendo modificada 2021 – 2022.
“Quem acidenta mais, tem que pagar mais”, disse. De acordo com o procurador Luiz Eduardo Bojart, nenhum país tem crescimento sustentável “matando, adoecendo e tornando inválidos seus trabalhadores”.
Uma cultura nacional de segurança e saúde ocupacional é aquela em que o direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável é respeitado em todos os níveis, onde Governos, Empregadores e Profissionais/Trabalhadores, participam ativamente através de um sistema de direitos e responsabilidades definidos e onde a maior prioridade seja a prevenção.
A plataforma Smartlab é uma das mais confiáveis que a Mundiblue utiliza para informações de dados sobre acidentes de trabalho. site: smartlabbr.org.
Trabalhador se cuide, fique atento e obedeça as normas de segurança no trabalho. Prevenção faz a diferença.
Fonte:
Mundiblue. Práticas Avançadas em saúde no Trabalho e do Trabalhador/Silânia Costa – Enfermeira do Trabalho.
Ministério do Trabalho e Emprego.
Organizações das Nações Unidas – ONU.
Organização Internacional do Trabalho.
Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (Smartlab).
Tribunal Superior do Trabalho.