A doença deixou autoridades de saúde em alerta após diversos países notificarem casos. Brasil ainda não tem registros de adoecimento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos contra a transmissão da varíola dos macacos.
A Anvisa reforça a importância das medidas de proteção à saúde a serem adotadas sobretudo em aeroportos e aeronaves.
A infecção viral que é endêmica em algumas regiões da África, e até então, não costumava ser registrada em outras partes do mundo.
Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia.
Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100.
Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano.
A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970.
Especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração.
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados – como roupas e roupas de cama contaminados.
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos.
Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na histórias.
Entre os sintomas da condição estão:
- febre,
- dor de cabeça,
- dor no corpo principalmente nas costas,
- inchaço nos linfonodos,
- exaustão e calafrios.
- Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem.
O período de incubação do vírus varia de 07 a 21 dias mas, os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias.
Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação.
Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados.
Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo.
“A Anvisa mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional, acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença, a fim de que possa ajustar as medidas sanitárias oportunamente, caso seja necessário à proteção da saúde da população”, conclui.
O órgão garante que está em sentinela para a identificação de possíveis casos no país.
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