Pesquisa publicada na Revista Nature analisou imagens obtidas por meio de ressonância magnética de moradores do Reino Unido.
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram que o consumo de leve a moderado de bebidas alcoólicas pode afetar a estrutura do cérebro e causar um envelhecimento cognitivo maior do que o verificado em pessoas que não bebem.
Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são:
- desinteresse pelas atividades habituais,
- dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia,
- repetir conversas ou tarefas,
- Desorientação em locais conhecidos e
- dificuldade de memorização
O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa.
As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros.
É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento.
No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais.
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes.
A Descoberta
A descoberta foi feita cruzando informações de 36.678 adultos com idades entre 40 e 69 anos cadastrados no UK Biobank, um banco de dados do Reino Unido.
Os pesquisadores compararam exames de ressonância magnética dos participantes com informações sobre seus hábitos de ingestão de álcool.
Com as imagens, os cientistas puderam comparar o volume de massa cinzenta e branca no cérebro dos participantes com os de pessoas que não bebiam.
A massa cinzenta é a parte principal do cérebro, onde as informações são processadas, e a massa branca atua mantendo linhas de comunicação.
O consumo de álcool foi associado a reduções no volume geral do cérebro.
“Fica pior quanto mais você bebe. Há evidências de que o efeito da bebida no cérebro é exponencial. Ter este conjunto de dados é como ter um microscópio ou um telescópio com uma lente mais poderosa. Você obtém uma resolução melhor e começa a ver padrões e associações que não conseguia antes”, disse o autores principais do estudo, Remi Daviet, Gideon Nave, neurocientistas em um comunicado.
Hábitos alcoólicos
Os participantes informaram o número de “unidades de bebida” consumidas por semana, para os bebedores frequentes, ou unidades por mês, no caso de bebedores menos frequentes.
As bebidas foram separadas por categorias, incluindo:
- vinho tinto,
- vinho branco
- champanhe,
- cerveja
- cidra,
por exemplo.
Fonte:
Revista Nature
Dr. Remi Daviet, Dr. Gideon Nave, neurocientistas.
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