LGPD: 40% das empresas não estão preparadas para a aplicação das penalidades, aponta pesquisa da FDC

Multas e sanções passam a ser aplicadas pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) a partir deste mês.

 

Lei de Proteção de Dados, dados (Foto: Marcello Casal Jr. via Agência Brasil )
A LGPD estabelece regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais. Foto: Marcello Casal Jr. via Agência Brasil.

 

No último domingo 01/08/2021, começou a valer no país a aplicação das multas e sanções administrativas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Mas, apesar do prazo de um ano que as empresas brasileiras tiveram para se adequar à lei, que entrou em vigor em setembro do ano passado, 40% delas não estão plenamente preparadas, segundo pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC).

firmaram ter conhecimento da normativa e do seu impacto nos negócios.

Mas apenas 46% reconheceram como principais responsáveis pela sua implementação.

Os dados estão no levantamento A LGPD nas empresas dotadas de conselho de administração e conselho consultivo,  idealizado pelos professores Dalton Sardenberg – doutor em Governança Corporativa, e Fernando Santiago – doutor em Direito e membro do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais (CNPD.

Embora uma parcela significativa das empresas não esteja preparada para as penalidades trazidas pela lei  e que serão aplicadas pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), 82% delas consideram que a adequação à LGPD é uma das principais prioridades para 2021.

Para 61% dos entrevistados, a LGPD traz valor para as empresas e não é meramente um obstáculo burocrático. 

Quando o assunto é o Encarregado pela Proteção dos Dados Pessoais – Data Protection Officer, em inglês, profissional que passa a ser obrigatório nas organizações, 66% das participantes da pesquisa já fizeram sua escolha.

Desse total, apenas 14% são exclusivos para a função, a maior parte (52%) acumula o exercício com outras atividades, como CCO, CIO ou Jurídico.

Entre as que possuem conselhos consultivos, esse índice é de 51%.

O estudo indica ainda que as empresas já sofreram um ataque cibernético (13%) e as que tiveram algum problema relacionado à proteção de dados tendem a contratar um DPO exclusivo para a função.

A pesquisa ainda revelou outros dados positivos sobre a adequação das empresas à legislação:

  • 48% das organizações têm orçamento alocado para a área responsável pela LGPD;
  • 57% contam ou pretendem contar com o apoio de uma consultoria externa especializada; 
  • 19% investiram em softwares para facilitar a gestão da governança de dados.

 

Fonte:

Época Negócios.

 

 

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