Os testes de bioequivalência, que garantem a eficácia dos genéricos, consomem menos tempo e dinheiro que os estudos clínicos exigidos no desenvolvimento dos medicamentos de referência.
Genéricos são medicamentos que têm a mesma ação do medicamento de referência, mas com um custo muito mais baixo.
Nos países onde a política de genéricos está mais consolidada, os genéricos custam em média metade do preço do medicamento de referência.
A ação terapêutica é igual porque o medicamento genérico possui o mesmo princípio ativo, a mesma dose, mesma forma farmacêutica e é administrado da mesma maneira que o de referência.
Mas sempre volta a questão: se os genéricos são iguais, por que são mais baratos?
O motivo de serem mais baratos não tem nada a ver com a ação do medicamento, e sim com gastos que as indústrias dos medicamentos de referência têm e que os de genéricos não têm.
Uma indústria que desenvolve um medicamento novo gasta milhões de dólares em estudos clínicos que levam anos para serem concluídos.
Além disso, precisam gastar com propaganda e publicidade para vender seus produtos recém chegados ao mercado.
A indústria de genéricos não tem esses gastos, o que não significa que a qualidade é inferior. Os testes de bioequivalência, usados para provar que têm a mesma ação dos de referência, são um processo rigoroso, mas têm custos bem menores.
Assim, os genéricos podem chegar às prateleiras muito mais baratos para o consumidor.
Mais informações no vídeo abaixo.
Medicamentos genéricos, similares e de marca: qual a diferença?
Talvez já tenha lhe ocorrido a cena a seguir. O médico prescreve ao paciente um medicamento, ele vai até a farmácia com a receita e o farmacêutico então lhe indaga: “Você prefere o genérico, o similar ou o de marca?”.
A pessoa então pergunta o preço, se os produtos são diferentes ou não e, no fim, ainda sai com dúvida. Afinal, existe alguma diferença entre os tipos de medicamentos?
Embora eles sejam semelhantes, preparamos um guia rápido para ajudá-lo a sanar suas dúvidas. Confira:
– Medicamentos de referência ou de marca:
quando uma farmacêutica descobre um medicamento novo, ela tem de registrá-lo no órgão federal responsável pela vigilância sanitária do país (no caso do Brasil, a Anvisa).
É preciso comprovar cientificamente a eficácia, segurança e qualidade do produto na ocasião do registro. Para isso, são necessários estudos, pesquisas e testes, o que gera custos altos que serão revertidos no preço do produto.
Um medicamento de referência, normalmente, leva mais de um ano para ser aprovado pela Agência.
Os remédios de marca em geral estão no mercado há um bom tempo, são bastante conhecidos pelo seu nome comercial e normalmente estão entre os primeiros que surgiram para curar determinada doença.
Na embalagem sempre há o nome inventado pela farmacêutica (nome fantasia do produto), o do princípio ativo e o da empresa que criou a fórmula.
Quando o período da patente expira, esse prazo varia de acordo com as leis de cada país, mas no Brasil o tempo de comercialização sem concorrentes é de 20 anos, outros laboratórios são autorizados a produzir o mesmo medicamento.
– Medicamentos similares:
são uma cópia do medicamento de referência, com o mesmo princípio ativo, a mesma concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica, além de precisarem passar obrigatoriamente pelos mesmos testes de bioequivalência e biodisponibilidade.
Por exemplo, se o medicamento de referência começa a fazer efeito depois de 1 hora, os similares devem seguir o mesmo padrão.
Segundo a Anvisa, eles só podem ser diferentes em características relativas ao tamanho, prazo de validade, embalagem e rotulagem. Na prática, o que muda mesmo é o nome comercial do medicamento.
– Medicamentos genéricos:
os genéricos são uma cópia idêntica dos medicamentos de marca, pois têm a mesma composição química. Portanto, é possível tomar o remédio genérico no lugar do de marca e vice-versa, com toda segurança.
A lei dos genéricos no Brasil foi implantada em 1999 com o objetivo de ampliar o acesso da população aos medicamentos, principalmente os pacientes de doenças crônicas, como diabetes.
Para ser identificados, precisam conter na embalagem uma tarja amarela e logo abaixo do nome do princípio ativo, a frase “Medicamento genérico – Lei 9.787/99”.
Muitos consumidores têm receio quanto à qualidade do produto, já que seu preço é inferior. No entanto, esse temor não procede, pois desde o início da implantação da política dos genéricos no país, esses medicamentos passam por testes de comprovação de qualidade.
Em tese, eles são mais baratos porque em seu preço não estão embutidos gastos com propagandas, nem custos de pesquisa para o desenvolvimento do produto novo.
Por lei, os genéricos devem ser no mínimo 35% mais baratos. Por exemplo, se determinado medicamento de referência custa R$ 20,00, o genérico deve custar até R$ 13,00.
Como são os laboratórios que estimam o preço, nada impede que ele seja ainda mais barato.
Fonte:
Drauzio Varella
www.drauziovarella.com.br
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