Município de São Paulo teve um caso confirmado de macaco com a doença. Animais não transmitem a febre diretamente, somente mosquitos; entenda.
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O governo de São Paulo investiga a morte de dois macacos no parque Horto Florestal, na Zona Norte da capital paulista, com suspeita de febre amarela.
Os casos ocorrem após exames confirmarem que o vírus matou antes, um terceiro primata.
1. Devo sair atrás da vacina?
Com a confirmação de uma morte de macaco por febre amarela e a suspeita de mais duas, os moradores dos bairros ao redor dos parques Horto Florestal e Cantareira, em São Paulo, precisam receber uma dose caso ainda não tenham tomado.
São eles: Tremembé, Casa Verde e Vila Nova Cachoeirinha.
No restante do país, como os casos registrados neste ano estão concentrados fora das regiões urbanas, o Ministério da Saúde recomenda imunizar todas as pessoas que residem em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e aqueles que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata.
Veja a lista das localidades com recomendação.
2. Como a febre amarela é transmitida?
Um ser humano ou um primata (macaco) com o vírus é picado por um mosquito transmissor.
O inseto pica e passa o micro-organismo para outra pessoa, que desenvolve a doença.
Não é possível a transmissão direta entre pessoas e animais, e vice-versa.
O principal mosquito vetor da febre amarela silvestre no Brasil é o Haemagogus.
Na versão urbana da doença, é o Aedes aegypti.
3. Quais são os sintomas da febre amarela?
A doença se torna aparente de três a seis dias após a infecção.
Os sintomas iniciais são:
- febre,
- calafrios,
- dor de cabeça intensa,
- dores nas costas,
- dores no corpo em geral,
- náuseas e vômitos,
- fadiga,
- fraqueza.
Do total de infectados, 15% desenvolvem a versão mais grave da doença.
Dentre os membros deste grupo, cerca de 20% a 40% das pessoas podem morrer.
4. Quem pode se vacinar?
Nas áreas com recomendação, em situações de emergência, a vacina pode ser dada a partir dos seis meses de idade.
O governo diz, no entanto, que a vacina da febre amarela será incluída no calendário de 2018 para bebês a partir de nove meses, idade em que é administrada em situações normais de transmissão.
Depois, as crianças devem receber um segundo reforço aos quatro anos de idade.
A vacina tem 95% de eficiência e demora cerca de dez dias para garantir a imunização após a primeira aplicação.
Pessoas com mais de cinco anos de idade devem se vacinar.
O programa de Imunização do Ministério da Saúde para FA recomenda: Uma dose e um reforço, a depender da situação vacinal – Para adultos
Idosos precisam ir ao médico para avaliar os riscos de receber a imunização.
Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças como:
- lúpus,
- câncer,
- HIV devido à baixa imunidade,
- nem para quem tem mais de 60 anos,
- grávidas
- alérgicos a gelatina e ovo.
5. E o surto que afetou diferentes regiões do país este ano?
Na semana passada, foi confirmada uma morte por febre amarela silvestre no município de Itatiba (SP).
Desde julho deste ano, foi o único caso de morte confirmada em humanos no país.
O fim do surto de febre amarela no país foi declarado pelo Ministério da Saúde em setembro.
No entanto, segundo o ministério, foram mantidas as ações de prevenção como:
- controle de mosquitos,
- vacinação,
- vigilância em relação a casos em animais.
6. Com os novos casos de mortes em primatas em São Paulo, a febre amarela pode ser chamada de urbana? Ou ainda é silvestre?
O Ministério da Saúde esclarece que a febre amarela ainda é considerada “silvestre” porque os casos registrados até aqui no país, de acordo com o órgão, ainda estão em regiões rurais ou de mata, e são transmitidos pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes.
Por enquanto, não foi detectada a transmissão da doença pelo Aedes aegypti, mais famoso pela transmissão de dengue, zika e chikungunya e por gostar das áreas urbanas.
7. E como a doença pode virar urbana?
Uma pessoa infectada em zona rural pode ir para uma cidade.
Uma vez picada por um mosquito Aedes aegypti, o inseto pode transmitir a doença para outra pessoa, e assim por diante.
Até o momento, nenhum caso assim foi registrado.
Vale ressaltar que o vírus da febre amarela não é transmitido de pessoa para pessoa, apenas pela picada de mosquitos infectados.
O Brasil não registra febre amarela urbana desde 1942.
Fonte:
G1
Mundiblue
Ministério da Saúde – Programa Nacional de Imunização/adulto
Governo de São Paulo
