Estudo mapeia o perfil das mulheres brasileiras desenvolvedoras e o porquê elas não conseguem ter acesso a essas vaga.

Estudantes de tecnologia. Sem experiência na área. Aprenderam a programar nas aulas da faculdade e em cursos online.
Quem são elas? As mulheres da tecnologia.
Apesar de serem maioria na população brasileira, as mulheres são raridade na área tecnológica.
A startup catarinense Condenation realizou uma pesquisa para mapear o perfil delas.
O estudo foi realizado com 1.035 mulheres de todo o país.
- 59,8% se declararam brancas;
- cerca de 28% pardas;
- 10,6% negras;
- 0,8% indígenas e
- 0,8% amarelas.
- 62% das participantes têm entre 20 e 30 anos;
- 15% têm mais de 36 anos.
Mais da metade das entrevistadas (57,9%) nunca trabalhou em tecnologia.
É um dado impressionante, para um grupo que se formou para isso:
- 33,5% têm superior completo;
- 15,6% pós-graduação completa;
- 43,8% superior incompleto;
- 7,1% pós-graduação incompleta.
Os motivos apresentados vão da falta de preparo ao preconceito em processos seletivos.
“Mais da metade das mulheres entrevistadas (55,7%) não se sentem preparadas tecnicamente para trabalhar como desenvolvedora neste momento, seja em nível júnior ou pleno”, diz o estudo.
Para a maioria (56,6% das entrevistadas), os maiores obstáculos para ingressar no setor são:
- igualdade de salários,
- diversidade nas equipes de tecnologia e desvalorização e constrangimento durante os processos seletivos.
26% disseram que durante a entrevista de emprego sofreram algum tipo de preconceito ao falar sobre maternidade – gravidez ou filhos.
68% delas estão em transição de carreira e já tentaram ingressar na área mais de uma vez.
“Ao serem questionadas sobre o impacto negativo que a falta de mulheres em tecnologia pode ter tido em alguma decisão profissional, as opiniões foram divididas. 46,6% diz que as decisões profissionais não foram afetadas e 44,3% afirmaram que sim,” afirma o estudo.
De acordo com a análise, seis pontos devem ser melhorados pelas empresas:
- igualdade de salários entre homens e mulheres;
- diversidade nos times de tecnologia;
- valorização da mulher durante os processos seletivos;
- sem assédio no ambiente de trabalho;
- mais mulheres na liderança;
- igualdade na distribuição de atividades.
Fonte:
Época Negócios.