A saída para sobreviver no mercado é aceitar que ele mudou e tem outras exigências. Amplo, dinâmico e globalizado, valoriza profissionais que se reinventam.

O mercado de trabalho mudou e ele se impõe ao exigir um novo perfil de profissional: aquele que está em constante mutação.
A crise, a recessão, o fechamento de postos de trabalho, a queda de contratações via CLT, a globalização, o aumento do empreendedorismo (muitos por necessidade), tudo isso se apresenta em um momento de transição em que é fundamental para o trabalhador buscar um novo modelo de carreira que o prepare para o futuro, que já bate à porta.
Exceto áreas específicas, esqueça o tempo de ser especialista em uma única área da sua formação.
Esse tempo acabou. Hoje, o profissional disputado pelas organizações é o que consegue ser multitarefa em um mercado em frequente mudança.
Se ainda não enxergou que o cenário é outro, é melhor abrir os olhos.
Com toda essa revolução, a experiência do profissional ainda mantém grande importância? Ela basta?
É a principal ferramenta para sobreviver ao cenário de transformação?
Para Amir El-Kouba, logicamente que a experiência profissional continua sendo extremamente importante. Mas, isoladamente, não é mais suficiente.
Agora, o profissional precisa se capacitar para ampliar sua visão tanto para dentro como para fora da empresa.
“Tem de ir além da qualidade e do comprometimento com seu processo de trabalho, percebendo a interdependência entre as suas atividades e a de outros profissionais e processos dentro da organização, com efetivo impacto no negócio.”
O professor alerta que o profissional com anos de carreira precisa, também, estender sua visão para além das paredes da empresa, para um cenário externo competitivo e em constante mudança, considerando as ações da concorrência, conhecendo novas tecnologias e reconhecendo o impacto das suas ações no meio ambiente e na vida das pessoas.
“Para conseguir essa nova condição, tem de transcender ao exercício profissional puro e simples. Este novo mercado exige, além da experiência profissional, uma boa capacitação e aperfeiçoamento técnico. Uma enorme competência emocional e uma visão estratégica que permita o alinhamento entre aquilo que ele faz como profissional com aquilo que ele é como ser humano.”
Atitude para se reinventar
- Seja condutor da carreira para sempre, você é o responsável.
- Invista em novos conhecimentos, habilidades e experiências, diferentes contextos de trabalho e culturas.
- Aprenda e desenvolva a capacidade de empreender.
- Aprenda a trabalhar em rede e em equipe, somar competências.
- Estabeleça novos e mais flexíveis vínculos de trabalho, formas de remuneração e recompensa.
- O futuro é das carreiras e dos profissionais que se adaptam a negócios e ambientes menos estruturados e imprevisíveis, que não tenham medo de se lançar a novos desafios em contextos ainda desconhecidos
- Saiba que o modelo tradicional de trabalho não desaparecerá, mas há uma tendência de crescimento de novos modelos, associados à criação e oferta de novos produtos e serviços e às transformações sociais.
A tecnologia tem modificado drasticamente o mercado de trabalho.
Segundo relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, a economia mundial sentirá os efeitos da chamada “Quarta Revolução Industrial”, que promete ser muito mais rápida, abrangente e impactante que as anteriores.
São muitas as novidades: computação em nuvem, internet das coisas, big data, robótica, impressão em 3D… O Fórum projeta que, até 2020, essas tecnologias vão eliminar 5,1 milhões de vagas em 15 países e regiões que respondem por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil.
O mercado de trabalho atual exige características comportamentais para que os profissionais se adaptem à nova realidade: conhecimento do negócio, flexibilidade, saber trabalhar em equipe.
Também é necessário ter uma visão geral de tudo que o cerca. Além disso, é fundamental estar inteirado da tecnologia.
Todas essas mudanças devem ser absorvidas por todos que almejam obter sucesso no novo cenário.
Bem-vindo, não mais à era de mudança, mas à mudança de era, talvez Darwin já soubesse de tudo isso lá atrás, quando disse que as espécies vivas que sobrevivem não são as mais fortes nem as mais inteligentes; são aquelas que conseguem se adaptar e se ajustar às contínuas demandas e desafios do meio ambiente.
Fonte:
www.em.com.br
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